Atenção, relato SINCERO.
Lembro-me que o pós parto imediato do meu segundo filho foi leve, graças ao pai que ele tem, ao irmão tranquilo e ao meu parto. Passada a euforia e os 2 primeiros meses, Otávio começou a mudar seu padrão de sono, e eu comecei a estranhar.
As coisas só pioravam e era apenas eu na madrugada pois ele queria mamar. Eu já nem podia mais levar o celular para tentar me manter acordada enquanto amamentava pois a luz já o atrapalhava. Já tinha tentado de tudo. Nas madrugadas, as piores coisas passavam pela minha cabeça, sobre meu filho. Eu sentia RAIVA. Me sentia um lixo logo depois. Mas era apenas a exaustão. Comparava ele com o meu mais velho, que é a tranquilidade em pessoa. Aí a merda está feita né?!
Foi quando a pediatra sugeriu uma medicação para ele, e eu assustei. Comecei a procurar ajuda PARA MIM, pois ele se desenvolvia lindamente. A ajuda não rolou pois todos os tratamentos que me sugeriam necessitaria que eu parasse a amamentação (os profissionais desconheciam o site e-lactância), e isso estava fora de cogitação. Outras pessoas falavam que era uma fase e que isso iria passar. Mas quando? Fácil falar.
Quando Otávio fez 1 aninho, meu marido e eu resolvemos fazer o desmame NOTURNO. Ele dormiu 1 mês seguido no quartinho deles e substituímos o mamá, por água, e foi bem mais fácil do que imaginamos. SALVOU A AMAMENTAÇÃO POR MAIS 1 ANO.
SALVOU A MINHA SANIDADE.
Hoje vi um post de um estudo publicado na Pediatrics de 2018 sobre os despertares noturnos com crianças de até 36 meses e não houve diferença entre os grupos, ou seja: não tem problema algum acordar a noite. Nos primeiros meses isso inclusive diminui o risco de morte súbita. Sabemos também que a amamentação noturna é a que mais ajuda na produção de leite, ou seja, dormir a noite toda pode não ser bom para a amamentação.
É isso, espero que este relato sincero conforte muitas mães.